quinta-feira, 14 de julho de 2011

EU TROPEÇO E NÃO DESISTO ( A menina da vasilha de leite) Num dia primaveril, Claro e ensolarado, Seguia aquela menina A caminho do mercado. Com seu jarro na cabeça Oferecia e sorria: - Olha o leite! – Olha o leite! Este era o seu dia a dia. Falava com os animais, Com todos que encontrava! Do maior ao pequenino, Ela os cumprimentava. Caminhava tranqüilamente, Suavemente, imitando Quase que um passo de dança, Alegremente pensando: “Venderei todo esse leite, Com o dinheiro comprarei Cem ovos. E cem pintinhos Logo, logo, pois, terei.” “Os pintinhos vão crescer, Então eu os trocarei, No mercado, por um porco Ao qual engordarei”. “Quando ele ficar roliço Então eu o trocarei Numa vaca com bezerro, A quem alimentarei”. “Sendo bem alimentada, Muito leite ela dará, Com o qual farei muitos queijos. E o bezerro crescerá Forte e sadio...” – Já estou Vendo o bichinho correr No campo, entre as ovelhas! Diz ela, a estremecer. Há em seus olhos um brilho De puro contentamento. E a menina esquece Do jarro, por um momento. Entusiasmada, começa A dar pulos de alegria, Esquecendo-se do jarro Que na cabeça lhe ia. Com o movimento brusco O jarro escorregou E se desfez em pedaços Quando na terra tocou, Como os sonhos da menina. E o leite se esparramou Derramado no caminho. Só chão molhado restou. Adeus porco... adeus pintinhos... Adeus bezerro... adeus vaca... Lamentava-se a menina De lágrimas, a vista opaca. Por sonhar tanto, perdera O que tinha garantido Como seu, pois esquecera O que fazia sentido. A única coisa que tinha Não poderia esquecer, Porém, perdida a sonhar, Tudo viera a perder. Sonhar faz parte da vida, Sem sonhos não há viver! Porém sonhar sem deixar-se Totalmente se envolver. Sonhar com os pés no chão! Com responsabilidade! Com o cuidado devido À nossa realidade. Fim Natal/RN – 06 de setembro de 2008 Rosa Ramos do Cordel A Moça e a Vasilha de Leite "Uma moça ia ao mercado equilibrando, na cabeça, a vasilha do leite. No caminho, começou a calcular o lucro que teria com a venda dele. - Com este dinheiro, comprarei muito ovos. Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando rica, os homens, pedir-me-ão em casamento. Escolherei, naturalmente, o mais forte, o mais rico e o mais bonito. Como me invejarão as amigas! Comprarei um lindo vestido de seda, para o casamento e, também, um bonito véu. Todos dirão que sou a noiva mais elegante da cidade. Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela estrada e nada sobrou para vender no mercado." (Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha) Baseada em uma fábula de Esopo Fernando Kitzinger DannemannEU TROPEÇO E NÃO DESISTO ( A menina da vasilha de leite) Num dia primaveril, Claro e ensolarado, Seguia aquela menina A caminho do mercado. Com seu jarro na cabeça Oferecia e sorria: - Olha o leite! – Olha o leite! Este era o seu dia a dia. Falava com os animais, Com todos que encontrava! Do maior ao pequenino, Ela os cumprimentava. Caminhava tranqüilamente, Suavemente, imitando Quase que um passo de dança, Alegremente pensando: “Venderei todo esse leite, Com o dinheiro comprarei Cem ovos. E cem pintinhos Logo, logo, pois, terei.” “Os pintinhos vão crescer, Então eu os trocarei, No mercado, por um porco Ao qual engordarei”. “Quando ele ficar roliço Então eu o trocarei Numa vaca com bezerro, A quem alimentarei”. “Sendo bem alimentada, Muito leite ela dará, Com o qual farei muitos queijos. E o bezerro crescerá Forte e sadio...” – Já estou Vendo o bichinho correr No campo, entre as ovelhas! Diz ela, a estremecer. Há em seus olhos um brilho De puro contentamento. E a menina esquece Do jarro, por um momento. Entusiasmada, começa A dar pulos de alegria, Esquecendo-se do jarro Que na cabeça lhe ia. Com o movimento brusco O jarro escorregou E se desfez em pedaços Quando na terra tocou, Como os sonhos da menina. E o leite se esparramou Derramado no caminho. Só chão molhado restou. Adeus porco... adeus pintinhos... Adeus bezerro... adeus vaca... Lamentava-se a menina De lágrimas, a vista opaca. Por sonhar tanto, perdera O que tinha garantido Como seu, pois esquecera O que fazia sentido. A única coisa que tinha Não poderia esquecer, Porém, perdida a sonhar, Tudo viera a perder. Sonhar faz parte da vida, Sem sonhos não há viver! Porém sonhar sem deixar-se Totalmente se envolver. Sonhar com os pés no chão! Com responsabilidade! Com o cuidado devido À nossa realidade. Fim Natal/RN – 06 de setembro de 2008 Rosa Ramos do Cordel A Moça e a Vasilha de Leite "Uma moça ia ao mercado equilibrando, na cabeça, a vasilha do leite. No caminho, começou a calcular o lucro que teria com a venda dele. - Com este dinheiro, comprarei muito ovos. Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando rica, os homens, pedir-me-ão em casamento. Escolherei, naturalmente, o mais forte, o mais rico e o mais bonito. Como me invejarão as amigas! Comprarei um lindo vestido de seda, para o casamento e, também, um bonito véu. Todos dirão que sou a noiva mais elegante da cidade. Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela estrada e nada sobrou para vender no mercado." (Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha) Baseada em uma fábula de Esopo Fernando Kitzinger DannemannEU TROPEÇO E NÃO DESISTO ( A menina da vasilha de leite) Num dia primaveril, Claro e ensolarado, Seguia aquela menina A caminho do mercado. Com seu jarro na cabeça Oferecia e sorria: - Olha o leite! – Olha o leite! Este era o seu dia a dia. Falava com os animais, Com todos que encontrava! Do maior ao pequenino, Ela os cumprimentava. Caminhava tranqüilamente, Suavemente, imitando Quase que um passo de dança, Alegremente pensando: “Venderei todo esse leite, Com o dinheiro comprarei Cem ovos. E cem pintinhos Logo, logo, pois, terei.” “Os pintinhos vão crescer, Então eu os trocarei, No mercado, por um porco Ao qual engordarei”. “Quando ele ficar roliço Então eu o trocarei Numa vaca com bezerro, A quem alimentarei”. “Sendo bem alimentada, Muito leite ela dará, Com o qual farei muitos queijos. E o bezerro crescerá Forte e sadio...” – Já estou Vendo o bichinho correr No campo, entre as ovelhas! Diz ela, a estremecer. Há em seus olhos um brilho De puro contentamento. E a menina esquece Do jarro, por um momento. Entusiasmada, começa A dar pulos de alegria, Esquecendo-se do jarro Que na cabeça lhe ia. Com o movimento brusco O jarro escorregou E se desfez em pedaços Quando na terra tocou, Como os sonhos da menina. E o leite se esparramou Derramado no caminho. Só chão molhado restou. Adeus porco... adeus pintinhos... Adeus bezerro... adeus vaca... Lamentava-se a menina De lágrimas, a vista opaca. Por sonhar tanto, perdera O que tinha garantido Como seu, pois esquecera O que fazia sentido. A única coisa que tinha Não poderia esquecer, Porém, perdida a sonhar, Tudo viera a perder. Sonhar faz parte da vida, Sem sonhos não há viver! Porém sonhar sem deixar-se Totalmente se envolver. Sonhar com os pés no chão! Com responsabilidade! Com o cuidado devido À nossa realidade. Fim Natal/RN – 06 de setembro de 2008 Rosa Ramos do Cordel A Moça e a Vasilha de Leite "Uma moça ia ao mercado equilibrando, na cabeça, a vasilha do leite. No caminho, começou a calcular o lucro que teria com a venda dele. - Com este dinheiro, comprarei muito ovos. Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando rica, os homens, pedir-me-ão em casamento. Escolherei, naturalmente, o mais forte, o mais rico e o mais bonito. Como me invejarão as amigas! Comprarei um lindo vestido de seda, para o casamento e, também, um bonito véu. Todos dirão que sou a noiva mais elegante da cidade. Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela estrada e nada sobrou para vender no mercado." (Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha) Baseada em uma fábula de Esopo Fernando Kitzinger Dannemann


EU TROPEÇO E NÃO DESISTO ( A menina da vasilha de leite)
 
Num dia primaveril,
Claro e ensolarado,
Seguia aquela menina
A caminho do mercado.

Com seu jarro na cabeça
Oferecia e sorria:
- Olha o leite! – Olha o leite!
Este era o seu dia a dia.

Falava com os animais,
Com todos que encontrava!
Do maior ao pequenino,
Ela os cumprimentava.

Caminhava tranqüilamente,
Suavemente, imitando
Quase que um passo de dança,
Alegremente pensando:

“Venderei todo esse leite,
Com o dinheiro comprarei
Cem ovos. E cem pintinhos
Logo, logo, pois, terei.”

“Os pintinhos vão crescer,
Então eu os trocarei,
No mercado, por um porco
Ao qual engordarei”.

“Quando ele ficar roliço
Então eu o trocarei
Numa vaca com bezerro,
A quem alimentarei”.

“Sendo bem alimentada,
Muito leite ela dará,
Com o qual farei muitos queijos.
E o bezerro crescerá

Forte e sadio...” – Já estou
Vendo o bichinho correr
No campo, entre as ovelhas!
Diz ela, a estremecer.

Há em seus olhos um brilho
De puro contentamento.
E a menina esquece
Do jarro, por um momento.

Entusiasmada, começa
A dar pulos de alegria,
Esquecendo-se do jarro
Que na cabeça lhe ia.

Com o movimento brusco
O jarro escorregou
E se desfez em pedaços
Quando na terra tocou,

Como os sonhos da menina.
E o leite se esparramou
Derramado no caminho.
Só chão molhado restou.

Adeus porco... adeus pintinhos...
Adeus bezerro... adeus vaca...
Lamentava-se a menina
De lágrimas, a vista opaca.

Por sonhar tanto, perdera
O que tinha garantido
Como seu, pois esquecera
O que fazia sentido.

A única coisa que tinha
Não poderia esquecer,
Porém, perdida a sonhar,
Tudo viera a perder.

Sonhar faz parte da vida,
Sem sonhos não há viver!
Porém sonhar sem deixar-se
Totalmente se envolver.

Sonhar com os pés no chão!
Com responsabilidade!
Com o cuidado devido
À nossa realidade.

Fim

Natal/RN – 06 de setembro de 2008
Rosa Ramos do Cordel




A Moça e a Vasilha de Leite

"Uma moça ia ao mercado equilibrando, na cabeça, a vasilha do leite. No caminho, começou a calcular o lucro que teria com a venda dele.
- Com este dinheiro, comprarei muito ovos. Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando rica, os homens, pedir-me-ão em casamento. Escolherei, naturalmente, o mais forte, o mais rico e o mais bonito. Como me invejarão as amigas! Comprarei um lindo vestido de seda, para o casamento e, também, um bonito véu. Todos dirão que sou a noiva mais elegante da cidade.
Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela estrada e nada sobrou para vender no mercado."

(Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha)

Baseada em uma fábula de Esopo
Fernando Kitzinger Dannemann


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