EU TROPEÇO E NÃO DESISTO ( A menina da vasilha de leite)
Num dia primaveril,
Claro e ensolarado,
Seguia aquela menina
A caminho do mercado.
Com seu jarro na cabeça
Oferecia e sorria:
- Olha o leite! – Olha o leite!
Este era o seu dia a dia.
Falava com os animais,
Com todos que encontrava!
Do maior ao pequenino,
Ela os cumprimentava.
Caminhava tranqüilamente,
Suavemente, imitando
Quase que um passo de dança,
Alegremente pensando:
“Venderei todo esse leite,
Com o dinheiro comprarei
Cem ovos. E cem pintinhos
Logo, logo, pois, terei.”
“Os pintinhos vão crescer,
Então eu os trocarei,
No mercado, por um porco
Ao qual engordarei”.
Claro e ensolarado,
Seguia aquela menina
A caminho do mercado.
Com seu jarro na cabeça
Oferecia e sorria:
- Olha o leite! – Olha o leite!
Este era o seu dia a dia.
Falava com os animais,
Com todos que encontrava!
Do maior ao pequenino,
Ela os cumprimentava.
Caminhava tranqüilamente,
Suavemente, imitando
Quase que um passo de dança,
Alegremente pensando:
“Venderei todo esse leite,
Com o dinheiro comprarei
Cem ovos. E cem pintinhos
Logo, logo, pois, terei.”
“Os pintinhos vão crescer,
Então eu os trocarei,
No mercado, por um porco
Ao qual engordarei”.
“Quando ele ficar roliço
Então eu o trocarei
Numa vaca com bezerro,
A quem alimentarei”.
“Sendo bem alimentada,
Muito leite ela dará,
Com o qual farei muitos queijos.
E o bezerro crescerá
Forte e sadio...” – Já estou
Vendo o bichinho correr
No campo, entre as ovelhas!
Diz ela, a estremecer.
Há em seus olhos um brilho
De puro contentamento.
E a menina esquece
Do jarro, por um momento.
Entusiasmada, começa
A dar pulos de alegria,
Esquecendo-se do jarro
Que na cabeça lhe ia.
Com o movimento brusco
O jarro escorregou
E se desfez em pedaços
Quando na terra tocou,
Como os sonhos da menina.
E o leite se esparramou
Derramado no caminho.
Só chão molhado restou.
Adeus porco... adeus pintinhos...
Adeus bezerro... adeus vaca...
Lamentava-se a menina
De lágrimas, a vista opaca.
Por sonhar tanto, perdera
O que tinha garantido
Como seu, pois esquecera
O que fazia sentido.
A única coisa que tinha
Não poderia esquecer,
Porém, perdida a sonhar,
Tudo viera a perder.
Sonhar faz parte da vida,
Sem sonhos não há viver!
Porém sonhar sem deixar-se
Totalmente se envolver.
Sonhar com os pés no chão!
Com responsabilidade!
Com o cuidado devido
À nossa realidade.
Fim
Natal/RN – 06 de setembro de 2008
Rosa Ramos do Cordel
Então eu o trocarei
Numa vaca com bezerro,
A quem alimentarei”.
“Sendo bem alimentada,
Muito leite ela dará,
Com o qual farei muitos queijos.
E o bezerro crescerá
Forte e sadio...” – Já estou
Vendo o bichinho correr
No campo, entre as ovelhas!
Diz ela, a estremecer.
Há em seus olhos um brilho
De puro contentamento.
E a menina esquece
Do jarro, por um momento.
Entusiasmada, começa
A dar pulos de alegria,
Esquecendo-se do jarro
Que na cabeça lhe ia.
Com o movimento brusco
O jarro escorregou
E se desfez em pedaços
Quando na terra tocou,
Como os sonhos da menina.
E o leite se esparramou
Derramado no caminho.
Só chão molhado restou.
Adeus porco... adeus pintinhos...
Adeus bezerro... adeus vaca...
Lamentava-se a menina
De lágrimas, a vista opaca.
Por sonhar tanto, perdera
O que tinha garantido
Como seu, pois esquecera
O que fazia sentido.
A única coisa que tinha
Não poderia esquecer,
Porém, perdida a sonhar,
Tudo viera a perder.
Sonhar faz parte da vida,
Sem sonhos não há viver!
Porém sonhar sem deixar-se
Totalmente se envolver.
Sonhar com os pés no chão!
Com responsabilidade!
Com o cuidado devido
À nossa realidade.
Fim
Natal/RN – 06 de setembro de 2008
Rosa Ramos do Cordel
A Moça e a Vasilha de Leite
"Uma moça ia ao mercado equilibrando, na cabeça, a vasilha do leite. No caminho, começou a calcular o lucro que teria com a venda dele.
- Com este dinheiro, comprarei muito ovos. Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando rica, os homens, pedir-me-ão em casamento. Escolherei, naturalmente, o mais forte, o mais rico e o mais bonito. Como me invejarão as amigas! Comprarei um lindo vestido de seda, para o casamento e, também, um bonito véu. Todos dirão que sou a noiva mais elegante da cidade.
Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela estrada e nada sobrou para vender no mercado."
(Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha)
Baseada em uma fábula de Esopo
Fernando Kitzinger Dannemann
Fernando Kitzinger Dannemann
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